Você já pensou em transformar um colaborador da sua agência em sócio? Será que essa é uma estratégia viável e que vale a pena? No vídeo de hoje, falo um pouco sobre como é o processo de abrir essa sociedade e o que deve ser levado em consideração para dar certo!
O que é um sócio?
Um sócio é uma pessoa que compartilha da mesma visão, cultura e dos mesmos objetivos que você por meio da empresa. Isso torna a sociedade bem alinhada.
É importante considerar também o que não é importante: mesmos gostos, estilo, orientação política e religiosa, entre outras coisas. É claro que você deve se juntar com pessoas que compartilham algo para tornar a convivência mais agradável, mas não se deve misturar isso com a sociedade de uma empresa.
O ideal é que sejam pessoas que te complementam, como a esfera de yin e yang: vocês podem ter diferenças, mas estão sempre orientados para um mesmo objetivo.
O que é um colaborador?
É uma pessoa que troca o seu tempo por remuneração. Ela pode/deve estar alinhada culturalmente, ter a mesma visão e estar seguindo os mesmos objetivos da empresa. Mas isso não é sempre, pois ela pode simplesmente estar oferecendo seu trabalho por dinheiro — e isso é válido!
O que considerar para tornar um colaborador em sócio?
Se você quer encontrar na sua equipe alguém que seja elegível para participar da sociedade, eu considero primordial os seguintes passos:
- manifestar alinhamento cultural;
- comprar a ideia de visão;
- buscar ao máximo ajudar nos objetivos da empresa.
Ou seja, para atingir tudo isso, você precisa ter:
- definição da cultura da empresa;
- definição da visão da empresa;
- clareza dos objetivos.
Aqui na Mestre, o código de cultura e a visão foram criados em 2015. Demorou um tempo, mas começamos a usar essas ideias como meio de contratação e retenção de pessoas. Agora, estamos compartilhando os objetivos da agência pelo modelo de OKRs com as lideranças das áreas.
Assim, essas pessoas também teriam clareza do porquê elas estavam trabalhando e poderiam me ajudar a atingir os resultados. Foi nesse processo que foram identificadas três pessoas que se tornaram elegíveis a sócias.
Premissas para ter sócios
É importante que você tenha clareza do que significa ter sócios. Então, separei algumas premissas que devem ser seguidas. São elas:
- compartilhamento de decisões: se você for majoritário, faz sentido que algumas decisões sejam tomadas sozinho. Mas é preciso compartilhar boa parte delas com quem está te acompanhando na jornada;
- alinhamento e governança: dar clareza do que está acontecendo na empresa sobre o jurídico, financeiro, dados, entre outras coisas;
- transparência: diretamente ligada ao ponto anterior, essa premissa diz respeito à honestidade. Não esconda números ou tente camuflar problemas. Todos os sócios devem estar cientes de tudo!;
- pró-atividade para apresentar as informações para os demais;
- responsabilidades: cada um deve ter delegação de responsabilidades e funções.
Se você não se vê compartilhando e implementando todas essas premissas, você não deve criar uma sociedade.
Qual o melhor acordo para transformar alguém em sócio?
Existem, essencialmente, dois modelos para criar uma sociedade:
- doação de cotas;
- venda de cotas.
Em ambos os casos, é importante condicionar as cotas ao atingimento de metas. Assim, você consegue atingir alguns objetivos:
- a pessoa adiciona valor à empresa;
- ela fica mais tempo na empresa para atingir as cotas desejadas;
- maior motivação para que os envolvidos queiram fazer a agência crescer.
#IMPORTANTE: definir cláusulas de encerramento de contrato. Qual o tempo mínimo que ela deve ficar? Será preciso vender as cotas? Por qual valor?
Vale a pena gastar um tempo e dinheiro para criar um contrato bastante claro e transparente.
Beleza?
Então só lembrando que você NÃO deve transformar alguém em sócio sem alinhamento de cultura, valores e objetivos.
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