Como Ter Uma Gestão Financeira AAA Em Sua Agência

Como Ter Uma Gestão Financeira AAA Em Sua Agência

Quase metade dos brasileiros sonha em empreender, e uma coisa é certa: ninguém quer abrir o próprio negócio para passar perrengues financeiros. Quem quer abrir uma empresa, faz isso visando a lucratividade — mas nem todo mundo alcança esse resultado.

Quando você é dono de um negócio o primeiro ponto a se pensar é que o objetivoé lucrear todos os meses. Não adianta viver em uma gangorra de “um mês tem dinheiro, no outro não tem”. Quem quer alcançar isso precisa fazer uma gestão financeira de sucesso.

Se você tem uma agência digital e quer alcançar a sonhada gestão financeira AAA, ou seja, de alta performance, leia este artigo e confira os cinco passos que precisa seguir para chegar lá!

5 passos para ter uma gestão financeira AAA

Ao longo de todos esses anos à frente da Agência Mestre, adquiri experiência o suficiente para dizer que existem cinco pontos fundamentais para quem quer alcançar uma gestão financeira de alta performance na empresa e aumentar a lucratividade. Confira:

1. Tenha total clareza do seu preço

Esse primeiro item parece muito óbvio, mas acredite: não é. A grande maioria dos donos de agência coloca qualquer preço nos serviços, seja porque acha que o valor é bom, seja devido a ter copiado o concorrente ou a referência de alguma associação. Quem faz isso, já começa errando.

Sabe por quê? Suas contas são únicas, então o seu preço também deve ser. Para acertar na hora de defini-lo, é preciso levar em consideração:

  • custos fixos;
  • custos variáveis;
  • custos operacionais;
  • impostos;
  • margem de lucro.

Os quatro primeiros itens englobam todos os gastos que a sua agência tem para funcionar todos os meses e entregar os serviços. Já o quinto item, a margem de lucro, se refere ao que vai sobrar para a empresa depois que tudo isso for pago. 

De acordo com a minha experiência, as margens de lucro variam entre 20% e 50% do preço do serviço. Mais do que isso, você está arriscando perder o cliente por jogar o valor muito lá em cima e, menos do que isso, você corre o risco de não ter faturamento o suficiente para investir no crescimento da agência. 

Outra coisa que você deve saber ainda no quesito da precificação dos serviços é que ela não é imutável! O cenário econômico muda, as demandas do mercado se alteram, e seus preços não podem ficar parados no tempo.

Revise o seu preço, no mínimo, a cada seis meses, sempre pensando no que você quer alcançar com sua agência daqui a um ano. Lembre-se: o futuro do seu negócio depende da lucratividade, que depende da precificação correta.

Para dar uma dica final em relação a esse assunto: não trabalhe com descontos, trabalhe com diferentes possibilidades de escopo. Dessa forma, quando o cliente chora pedindo para baixar o preço, ofereça um escopo menor, que contemple menos entregas, menos atividades e, consequentemente, tem um valor mais baixo. Dar descontos atrapalha a sua margem de lucro e, ainda por cima, diminui a percepção de valor dos seus serviços.

2. Masterize o conceito (e a prática) do fluxo de caixa

O fluxo de caixa é a composição de tudo o que entra e tudo o que sai da conta bancária da agência. Esse fluxo precisa ser analisado com muita atenção, e deve ser levado em consideração:

  • o que entra de dinheiro na empresa (pagamentos de clientes e receitas extras);
  • o que sai de dinheiro (custos fixos, variáveis, operacionais e impostos);
  • o que sobra. 

Esse terceiro ponto é essencial porque para que a empresa tenha lucro, o saldo do que sobra deve ser sempre positivo. Se a agência está gastando mais dinheiro do que recebe, existe um grande risco aí! 

O ideal é que essa notícia nunca seja uma surpresa que você recebe apenas no final do mês, quando fecha as contas. Por isso, não apenas o fluxo de caixa tem que ser acompanhado de perto como ele deve ser projetado, apenas assim será possível entender muito bem o cenário e qual é a meta de faturamento da empresa.

Tendo a meta e a projeção em vista, você é capaz de tomar decisões muito mais inteligentes, baseadas na realidade financeira. 

3. Entenda como cobrar os valores dos clientes

Seguindo adequadamente o primeiro passo dessa lista, você saberá quanto cobrar dos seus clientes… mas entender como cobrar é igualmente importante. Conhece aquela história do “quer pagar quando”? Ela é muito comum nos bancos. Quando uma pessoa faz um cartão de crédito, a instituição pergunta em que momento ela quer pagar.

Vou falar a verdade: eu fazia igual no começo da minha agência e achava que estava arrasando de oferecer esse alto nível de atendimento para os clientes. Só que os meus credores não perguntavam quando eu queria pagar, e o fato é que minhas contas venciam no começo do mês… e os clientes só me pagavam no final.

Então eu começava o mês pagando contas, ficava no vermelho e, lá no fim, recebia os pagamentos e ficava no verde de novo. Aí você pode me perguntar “mas Fabio, o importante então é que você recebia, né?” e eu te digo que não. O importante não é que eu recebia, porque eu passava o mês inteiro no vermelho pagando juros, e esses juros minimizavam a minha lucratividade — e vão minimizar a sua também.

Resumo da história: os seus clientes precisam te pagar antes de você precisar quitar suas contas. Preferencialmente, antes do quinto dia útil, que é o dia do vencimento do salário dos funcionários (no caso de empresas que seguem o regime CLT). 

4. Acerte na gestão da trilha salarial dos colaboradores

Quem gere uma agência, especialmente as maiores, precisa estruturar muito bem os salários dos colaboradores. Idealmente, os funcionários devem ser divididos em departamentos e, então, em níveis de evolução.

Dessa forma, não apenas eles contam com o incentivo de ter um plano de desenvolvimento de carreira bem delineado, mas o seu financeiro também consegue se preparar para isso. A estratégia de remuneração na sua empresa é tão importante quanto a de precificação, já que os salários precisam ser compatíveis com o mercado, para que você mantenha o seu time satisfeito, e, ao mesmo tempo, não podem ser onerosos a ponto de prejudicar as finanças da empresa.

Para não ter problemas jurídicos, lembre-se, ainda, de cumprir todas as obrigações previstas na CLT e fique atento, também, à convenção coletiva do sindicato que prevê o dissídio. 

5. Cuidado ao definir comissionamento ou bonificação

É muito comum que as empresas ofereçam bonificações ou comissionamento para a equipe de vendas a fim deincentivar os funcionários a fecharem mais negócios. Se você fizer isso, lembre-se de incluir esse “detalhe” na conta da precificação e na estratégia da definição dos salários.

Tenha em mente, ainda, que é melhor começar com um valor baixo do que começar lá em cima e precisar abaixar depois, qualquer que seja o motivo. 

Pronto! Agora você já sabe quais são os cinco passos. Além de todas essas angústias relacionadas a lucratividade e liberdade financeira, é muito comum que os donos de agência cheguem bem perto do burnout por assumir diversas funções e trabalhar muito mais do que seria saudável. Quer entender mais sobre o assunto? Então aproveite para ler também o nosso artigo sobre como parar de trabalhar 12h por dia!

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